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Brasil é eliminado na Copa Davis

Equipe brasileira se despediu da Copa Davis 2024, após chegar na fase final do novo formato da competição pela primeira vez na história

Por Leonardo Lopes

Foto: CBT

O Brasil esperou até o último dia de disputas para saber se conseguiria avançar para o mata-mata da fase final da Copa Davis. A equipe brasileira precisava de uma vitória da Itália por 3 a 0 sobre a Holanda, qualquer outro resultado não serviria.

A eliminação veio com requintes de crueldade, isso porque a Itália venceu os dois primeiros confrontos e abriu 2×0, mas foi derrotada no jogo de duplas, que assegurou a classificação da Holanda e a eliminação do Brasil.

Com o resultado, o Brasil terminou a competição com uma vitória e duas derrotas, mesmo resultado de Bélgica e Holanda. As três equipes também terminaram com 4 jogos vencidos e 5 perdidos, o que causou um empate triplo, inviabilizando o primeiro critério de desempate caso o empate fosse apenas duplo, que seria confronto direto. Com um empate triplo, o critério de desempate utilizado é o número de sets ganhos.

O Brasil estreou na competição na última quarta-feira (11) contra a Itália em um confronto muito duro contra os atuais campeões, que foram sem os seus dois principais jogadores, Lorenzo Musetti (19°) e o número 1 do mundo e campeão do US Open na última semana, Jannik Sinner.

A sensação brasileira João Fonseca0 (157°) abriu os trabalhos contra o ex top10 e finalista de Wimbledon Matteo Berrettini (43°. João começou nervoso e não conseguiu exigir muito de Berrettini no primeiro set, saindo derrotado por 6/1. No segundo set, João se soltou, foi para cima e começou a fazer um grande jogo. Conseguiu levar a parcial para o tie break, onde saiu derrotado no detalhe.

Na segunda partida do dia, Thiago Monteiro (76°) e Matteo Arnaldi (33°) fizeram um jogaço, muito disputado até o último ponto e decidido no detalhe. O italiano saiu com a vitória por dois sets a um, com parciais de 7/5  6/7  7/6.

Rafael Matos e Marcelo Melo ainda venceram o último jogo do dia contra Andrea Vavassori e Simone Bolelli, mas os italianos venceram o confronto por duas vitórias a uma.

No dia seguinte, quinta-feira (12), o Brasil enfrentou a Holanda e mais uma vez João Fonseca foi o destaque do dia, vitória espetacular no primeiro jogo do dia contra Botic Van de Zandschulp (68°), que venceu Carlos Alcaraz com autoridade no US Open. João não tomou muito conhecimento do holandês e fechou em dois sets 6/4  7/6.

Com o Brasil em vantagem no confronto, precisava de apenas uma vitória nos dois próximos jogos para vencer o duelo contra a Holanda. Mas essa vitória não veio, Thiago Monteiro não conseguiu ter uma boa atuação diante de Tallon Griekspoor (38°) e foi derrotado por dois sets a zero, com parciais de 7/6  6/4. Nas duplas, Marcelo Melo e Rafael Matos também foram superados por dois sets a zero contra Van de Zandschulp e Wesley Koolhof.

Foto: CBT

Com dois confrontos perdidos, a equipe brasileira precisava de um milagre e fazer contas, pois já não dependia apenas de suas forças. O confronto contra a Bélgica no sábado (14) era fundamental que terminasse com um 3×0 para o Brasil, assim restaria torcer para uma vitória da Itália contra a Holanda e a classificação viria. Em caso de vitória por 2×1, o Brasil precisaria que a Itália vencesse o confronto contra a Holanda e vencesse por 3×0.

João Fonseca enfrentou Raphael Collignon (191°) e outra vez fez um grande jogo, oscilou no segundo set, mas conseguiu se impor e vencer por dois sets a um 6/3  6/7  6/3.

Thiago Monteiro entrou em quadra pressionado por não ter vencido nenhum jogo na competição ainda, o jogo contra Zizu Bergs (72°) era fundamental para as pretensões brasileiras. A partida foi extremamente tensa o tempo inteiro, pois também valia muito para a equipe belga. No primeiro set, Thiago foi quebrado logo no início e não conseguiu recuperar a desvantagem. Dali para frente, nada era dado de graça, os jogadores não tinham chance no saque do outro e o jogo ficou muito equilibrado. Tie break para decidir o segundo set, e o número 1 do Brasil foi mais agressivo nos momentos importantes e conseguiu fechar a segunda parcial. O set decisivo seguiu a mesma toada, jogadores não conseguiam incomodar no saque do adversário, parecia reprise do segundo e que também teria desfecho no tie break. Mas foi no 5/5 que o brasileiro encontrou uma brecha e finalmente conseguiu quebrar o saque do Bergs e depois confirmar depois a vitória por dois sets a um, 4/6  7/6  7/5. Brasil já tinha garantido a vitória contra a Bélgica, mas precisava de uma vitória nas duplas para ficar com uma situação melhor.

Para o último jogo do dia, uma substituição, sai Marcelo Melo e entra Felipe Meligeni para fazer dupla com Rafael Matos e enfrentar Sander Gillé e Joran Vliegen. Mais um jogo muito disputado que foi decidido nos detalhes. O saque dos belgas prevaleceu, os brasileiros perderam algumas oportunidades e não conseguiram sair com a vitória, dois sets a um para a dupla belga 6/3  3/6  6/4.

Foto: CTB

Com o resultado, restava ao Brasil torcer para a Itália, só uma vitória por 3 a 0 dos italianos sobre a Holanda classificaria o Brasil, o que não aconteceu. A equipe brasileira se despede da Davis 2024 com o saldo positivo, conseguindo um resultado histórico ao classificar para a fase final. O Brasil segue no grupo mundial e volta a jogar no próximo ano contra um adversário ainda indefinido, tentando novamente a classificação para a fase final da competição.

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